segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Cheira a Natal!!!


"Embora os meus olhos sejam
os mais pequenos do mundo,
o que importa é que eles vejam
o que os homens são no fundo".


 António Aleixo (poeta Algarvio)



Hoje em dia, o poeta, passa o tempo sentado na avenida, quem sabe se a tentar lembrar-nos destas tão sábias palavras!

Como já devem ter adivinhado, este fim-de-semana estivemos em Loulé a ver se o comércio tradicional nos inspirava para as compras de Natal. Não inspirou, nem com a passadeira vermelha a  convidar-nos... no entanto, Loulé é uma cidade agradável com alguns edifícios interessantes, uns recuperados outros não ...











                                                               

O Pai Natal é simpático e bonacheirão mas não chega para nos animar. O jantarinho, esse sim, em boa companhia e saudável para os que quiseram prato vegetariano - seitan com míscaros à Bulhão Pato e arroz de nozes, a acompanhar com sumo equilíbrio (cenoura e salsa). Mham!! Momentos bem passados e bem saboreados. Tão bons que nem me lembrei de fotografar!
Aqui vemos a árvore de Natal que nos recebe à entrada do Forum Algarve. Onde acabámos por fazer algumas das compras que queríamos.


A verdade é que os bons momentos da vida passam muitas vezes por estar à mesa com os amigos, a família,ou por, por exemplo, descobrir novos locais com novos sabores.
Como apetece aproveitar os eventos que vão acontecendo por aqui, em boa companhia, fomos, ontem, espreitar a feira da batata doce em Aljezur.
As minhas espectativas eram grandes em relação ao desejo de saborear a batata doce para além do trivial: assada  ou cozida na sopa. Esperava poder saboreá-la em algumas outras composições culinárias mais originais, uma vez que Aljezur é já região demarcada na produção da batata doce.
Mas...
Chegámos à feira ao final da tarde. A vontade de provar a batata doce frita fez-nos dirigir logo para o local onde se vendia a dita cuja. Deparámo-nos com muita gente à espera e um cenário deveras original. Dois velhotes a descascar batatas como se estivessem a jogar às cartas numa esplanada e três velhotas a fritar as batatas a um ritmo lento, tão lento, que mais parecia que estavam em noite de consoada a fritar filhós em suas casas. Para os inúmeros clientes que esperavam ansiosos por conseguir umas batatatinhas foi tortuoso de mais... alguns desistiram, outros ...quase. Nós, persistentes, lá conseguimos comer umas batatatinhas doces fritas e no entretanto tirar umas fotos.



Gostei muito das batatas doces fritas às rodelas mas se fizer em casa vou temperá-las com sal. Lá punham-lhes canela.                             
 Continuámos a nossa busca de sabores mas esta foi sendo gorada à medida que, de banca para banca, nos deparávamos com os artigos esgotados. Ainda conseguimos provar uns pastelinhos doces e mais algumas coisas doces ... ainda esperámos mais de uma hora numa fila para comprar uns tais de pecados finos que nunca mais apareciam...na verdade sentimo-nos um pouco frustrados.
 Quanto ao futuro da feira, se não se organizarem melhor, não vai ser para repetir. Com a promoção que fazem não satisfazem minimamente os visitantes que aparecem. O que é pena dadas as potencialidades!
Mas a busca de novos sabores continuou. Afinal tínhamos que acabar com a frustração anterior. Por conselho da amiga Rita, fomos a Monchique petiscar e provar a bela da manteiga de porco com torresmos, a barrar no pão. Eu adorei e até queria levar alguma para casa. Desta vez foi o Dadinho o mais sensato. Nada de trabalhar para o colesterol. Quem quiser comê-la que vá lá de novo.
Muito bem, teremos que repetir...

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